quinta-feira, 29 de abril de 2010

"Um Contra O Outro"

"Sai de casa e vem comigo para a rua,
vem, q'essa vida que tens,
por mais vidas que tu ganhes,
é a tua que,
mais perde se não vens."


"Muda de nível,
sai do estado invisível,
põe o modo compatível,
com a minha condição,
que a tua vida,
é real e repetida,
dá-te mais que o impossível,
se me deres a tua mão."


"Anda, mostra o que vales,
tu nesse jogo,
vales tão pouco,
troca de vício,
por outro novo,
que o desafio,
é corpo a corpo."


Deolinda

segunda-feira, 26 de abril de 2010

"AS VINHAS DA IRA"

AS VINHAS DA IRA
JONH STEINBECK
CAPÍTULO XXI

"Os homens errantes, sempre em busca de alguma coisa, haviam-se tornado nómadas. (...) E corriam pelo país fora, à procura de trabalho. As estradas estavam metamorfoseadas em caudais de homens... Atrás deles outros vinham a caminho. As grandes estradas formigavam de povo em marcha.
(...)
E, de repente, as máquinas expulsaram esse povo e esse povo enxameou nas estradas. A movimentação alterou-lhe a natureza; (...) As crianças sem comida, alteraram-na; (...)
Reinou o pânico no Oeste, quando se multiplicaram os homens nas estradas. Os homens receavam pelas suas propriedades. Homens que nunca tinham tido fome viam os olhos dos esfaimados. Homens que nunca na sua vida tinham sentido verdadeira necessidade de qualquer coisa viam a chama da necessidade arder nos olhos dos homens das estradas. E os homens das cidades e dos campos suburbanos que rodeavam as cidades preparavam a defesa. Tinham estabelecido que eles é que eram bons e que os outros - os invasores - eram maus, como fazem sempre os homens antes dos combates. (...)

... como pode um homem que nada possui compreender as preocupações dos que possuem alguma coisa? (...)

E as terras não pertenciam aos homens armados, mas estes pensavam que eram os donos das terras. (...)

E os homens em êxodo espraiavam-se pelas estradas e havia fome e miséria nos seus olhos. (...) Quando aparecia trabalho para um homem, havia logo dez a disputá-lo, lutavam por ele, aceitando uma paga miserável.

«Se aquele tipo trabalha por trinta cents, eu trabalho por vinte e cinco.»

«Se ele trabalha por vinte e cinco, eu trabalho por vinte.»

«Não, eu... eu, que tenho fome. Trabalho nem que seja por quinze.»

«Trabalho mesmo só pela comida. Os meus filhos! Só queria que o senhor os visse! Estão com o corpo cheio de furúnculos, estão que nem podem andar. Dei-lhes frutas podres, apanhadas do chão; incharam terrivelmente. Eu; eu trabalho até por um pedacinho de carne

E isso causava satisfação, pois, embora os salários diminuíssem, os preços dos géneros mantinham-se altos. Os grandes proprietários estavam contentes e mandavam ainda distribuir mais impressos para atrair mais gente. Os salários baixavam e os preços mantinham-se altos. Não tarda muito que não haja de novo escravos no nosso país.

(...)

Os pequenos proprietários não tardavam a mudar-se para as cidades por um certo tempo, ... Depois, acabavam por sair também para as estradas. E as estradas formigavam de homens ávidos de trabalho, prontos a assinar por causa do trabalho.

As companhias e os bancos trabalhavam para sua própria ruína, mas ignoravam-no. Os campos estavam prenches de fruta, nas estradas marchavam homens que morriam de fome. Os celeiros estavam repletos, mas as crianças cresciam raquíticas e inchava-lhes o corpo com as pústulas da pelagra. As grandes companhias ignoravam quão estreita é a linha divisória entre a fome e a ira. E o dinheiro, que podia ter sido empregado na melhoria de salários, gastava-se em bombas de gás, em carabinas, em agentes e espiões, em listas negras e exércitos bélicos. Nas estradas, os homens deslocavam-se como formigas, à procura de trabalho e de comida.

E a ira começou a fermentar.

(...)

A podridão alastra por todo o Estado e o cheiro doce torna-se uma grande preocupação nos campos. Os homens que sabem enxertar as árvores e tornar fecundas e fortes as sementes, não encontram meios de deixarem a gente esfaimada comer os seus produtos. Homens que criaram novas frutas para o mundo, não sabem criar um sistema pelo qual as tais frutas possam ser comidas. E o malogro paira sobre o Estado como um grande desgosto.

As operações praticadas nas raízes das vinhas e das árvores devem ser destruídas, para que sejam mantidos os preços elevados. É isto o mais triste, o mais amargo de tudo. Carradas de laranjas são atiradas para o chão. O pessoal vinha de milhares de distância para buscar as frutas, mas agora, não lhes é permitido fazê-lo. Não iam comprar laranjas a vinte cents a dúzia, quando bastava pular do carro e apanhá-las do chão. Homens armados de mangueiras derramam querosene por cima das laranjas e enfurecem-se contra o crime daquela gente que veio à procura das frutas. Um milhão de criaturas com fome, de criaturas que precisam de frutas... e o querosene derramado sobre as faldas das montanhas douradas.

O cheiro da podridão enche o país.

Queimam café como combustível de navios. Queimam o milho para aquecer; o milho dá um lume excelente. Atiram batatas aos rios, colocando guardas ao longo das margens, para evitar que o povo faminto intente pescá-las. Abatem porcos, enterram-nos e deixam a putrescência penetrar na terra.

Há nisto tudo um crime, um crime que ultrapassa o entendimento humano. Há nisto tudo uma tristeza, uma tristeza que o pranto não consegue simbolizar. Há um malogro que opõe barreiras a todos os nossos êxitos; à terra fértil, ás filas rectas de árvores, aos troncos vogorosos e á frutas maduras. Crianças atingidas de pelagra têm de morrer porque a laranja não pode deixar de proporcionar lucros. Os médicos legistas devem declarar nas certidões de óbito: «Morte por inanição», porque a comida deve apodrecer, deve, por força, apodrecer.

O povo vem com redes para pescar as batatas no rio, e os guardas impedem-no. Os homens vêm nos carros ruidosos apanhar as laranjas caídas no chão, mas as laranjas estão untadas de querosene. E ficam imóveis, vendo as batatas passarem flutuando; ouvem os gritos dos porcos abatidos num fosso e cobertos de cal viva; contemplam as montanhas de laranjas, rolando num lodaçal putrefacto. Nos olhos dos homens reflete-se o malogro. Nos olhos dos esfaimados cresce a ira. Na alma do povo, as vinhas da ira crescem e espraiam-se pesadamente, pesadamente amadurecem para a vindima."

Para todos os espectadores dos Morangos com Açúcar e outras barbaridades idênticas...

Remember, children. Propaganda works because we don't know we're being propagandized. How could anyone suggest that in this beacon of 'freedom and democracy', the magnificent United states of Amnesia, that we are programmed to follow an ideology?

Noam Chomsky

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Debate

Primeiro, queria que, nesta caixa de comentários, comentassem o tema abordado nestes três (1, 2 e 3) artigos.

Depois deixarei também a minha opinião...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

pessoas grandes...


[Só vos contei isto tudo sobre o asteróide B 612 e só vos confiei o seu número por causa das pessoas grandes. As pessoas grandes gostam de números. Quando vocês lhes falam de um amigo novo, as suas perguntas nunca vão ao essencial. Nunca vos perguntam: "Como é a voz dele? De que brincadeiras é que ele gosta mais? Ele faz colecção de borboletas?" Mas: "Que idade é que ele tem? Quantos irmãos tem? Quanto é que ele pesa? Quanto ganha o pai dele?" Só assim é que pensam ficar a conhecê-lo. Se vocês disserem às pessoas grandes: "Hoje vi uma casa muito bonita de tijolos cor-de-rosa, com gerânios nas janelas e pombas no telhado...", as pessoas grandes não a conseguem imaginar. É preciso dizer-lhes: "Hoje vi uma casa que custa 20 mil contos." Então, já são capazes de exclamar: "Mas que linda casa!"]

[As crianças têm de ser muito indulgentes para as pessoas grandes.]

[O Principezinho, Antoine de Saint-Exupéry]

sábado, 17 de abril de 2010

E depois das 1111 visitas...

junta-se também a nós, a nossa Flávia...

Todos juntos, e como diz o Tiago, vamos partilhar a nossa ignorância e a profunda vontade que todos temos de aprender...


Filipa e Flávia o Instrução Primária dá-vos as boas vindas!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Depois das 1000 visitas...

...é altura de continuar a crescer.

E assim, este pequeno e humilde espaço da blogoesfera conta com mais um elemento para partilhar mais um pouco da nossa ignorância mas enorme vontade de aprender...

A Filipa avisou-nos que se calhar não vai poder escrever com muito grande regularidade, mas com a regularidade que quiser, será, de certeza óptimo, contar com o seu espírito crítico e curiosidade para dar força a este blogue.

Sê bem vinda Filipa...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

"Temos de ser mais corajosos e mais ambiciosos..."

António Nóvoa, Reitor da Universidade de Lisboa em entrevista à revista AULA MAGNA

Falemos de Oxford. Tem cerca de 20 000 alunos, tantos como a Universidade de Lisboa, e cerca de 4 000 professores e investigadores, tantos como a totalidade das universidades de Lisboa. Mas tem um orçamento anual de cerca de 950 milhões de euros, praticamente idêntico ao da totalidade das universidades portuguesas! Temos de ser mais corajosos e mais ambiciosos, ainda que isso implique romper com certas rotinas e interesses que se instalaram no sistema do ensino superior em Portugal.

"Há universidades e politécnicos a mais?"

Texto de João Pedro Barros, publicado na revista AULA MAGNA
Com supressões


A rede do ensino superior público português compreende 15 universidades públicas e 15 institutos politécnicos, com realidades muito distintas.
Entre os 2.267 alunos do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, a mais pequena destas instituições, e os 27.372 inscritos na Universidade do Porto, a maior, há uma enorme diferença.
No ensino privado, há 97 unidades orgânicas com registo na base de dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Nestes dias de globalização, o tamanho importa e é essencial para o sucesso a nível internacional, pelo que vários estabelecimentos de ensino superior europeus e norte-americanos se envolveram em processos de fusão ou de concentração.
Nova Iorque, Amesterdão e Estrasburgo são exemplos mais ou menos recentes, até porque a pujança das universidades chinesas ou indianas a isso obrigou. Voltemos a Portugal: será a dispersão das nossas instituições exagerada? O Reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, colocou o dedo na ferida no seu discurso de abertura do ano académico, em Novembro. Sem grandes rodeios, considerou «absurda» a actual malha de instituições públicas e frisou que nunca existiu em Portugal uma «universidade de referência no plano internacional».
Será a sua opinião consensual?
A Aula Magna foi ouvir uma série de personalidades ligadas ao meio académico para perceber que soluções se podem adoptar. A dispersão é, sem margem para dúvidas, mais evidente em Lisboa. Na capital, existem quatro universidades públicas (...) que, em alguns casos, oferecem formações concorrentes.
(...)
António Nóvoa já manifestou vontade de juntar a Universidade de Lisboa à Universidade Técinica de Lisboa, criando a maior instituição de ensino superior portuguesa, com mais de 42 mil alunos. Não faltam vozes a falar numa mega-universidade, como Paulo Teixeira Pinto. Porém, o Reitor, em declarações à Aula Magna, rejeita o título. «Seria um erro [uma mega-universidade]. Mas também não me conformo com a proliferação de instituições, paroquiais, sem verdadeira
dimensão universitária.
Pode, e deve, haver instituições especializadas, de ensino e investigação, que têm uma acção de referência em certos domínios. Mas uma Universidade é outra coisa. É um lugar único, plural, onde é possível um diálogo entre disciplinas muito diversas», argumentou.


O discurso do Reitor concentrou-se, em boa parte, na situação em Lisboa,mas não esqueceu o
resto do país, onde há «várias instituições nas mesmas cidades» e «universidades a 50 quilómetros umas das outras». Pedro Saraiva, deputado do PSD e membro da Comissão de Educação e Ciência revelou outro número: «Se olharmos não apenas para a rede pública, mas igualmente para a privada e cooperativa, existem em Portugal mais de 150 instituições de ensino superior. Atendendo à dimensão geográfica e populacional do nosso país, trata-se de um número anormalmente elevado». Ainda assim, António Nóvoa adopta um discurso que é seguido de forma consensual pelas personalidades ouvidas pela Aula Magna, o de que é possível «dar corpo » às instituições sem recorrer a soluções mais radicais. «Não advogo a extinção de instituições. As diferentes universidades e politécnicos ganharam uma identidade própria e, de um modo geral, têm dado um importante contributo nas suas regiões. Mas é urgente encontrar formas de articulação, de cooperação e de associação entre as instituições», reforçou.

O socialista Manuel Mota, afina pelo mesmo diapasão. Na sua opinião, é «relevantíssimo » manter a coesão territorial, para a qual as unidades orgânicas no interior do país dão um contributo valioso, até porque há «muitos alunos que só frequentam o ensino superior devido ao factor proximidade ». O deputado põe mesmo o acento tónico na «necessidade de aumentar o número » de alunos em Portugal (em 2008/09, eram 373 002), (...) não exclui a hipótese de usões, lembrando que «o enquadramento jurídico do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior permite que as instituições se juntem em consórcio, atingindo uma dimensão qualitativa e quantitativa interessante». Estas parcerias nacionais ou internacionais surgem como uma forma de assegurar dimensão institucional sem que os cooperantes percam a sua identidade ou autonomia. (...)

(...)

Em Portugal, há cerca de 4.000 cursos registados, sendo 1.874 de licenciatura ou mestrado integrado, com mais de 800 designações distintas. (...)

(...)

De resto, o socialista Manuel Mota não quis «condenar» o eventual excesso e/ou falta de qualidade de cursos de «papel e caneta» que proliferam por um grande número de instituições. «Não temos dados de empregabilidade, porque formações de ‘banda larga’ como Direito, Gestão ou Economia proporcionam o acesso a várias funções. Por vezes há erros: em Inglaterra encerraram-se muitos cursos na área educativa e passados uns anos percebeu-se que foi um erro, porque deixou de haver oferta. Há um ciclo de sustentabilidade a manter», notou.

André Moz Caldas salienta outro dado: fundir cursos ou faculdades mais tradicionais, nas áreas da Medicina ou Direito, será sempre muito complicado. «Há uma grande tradição, são cursos muito antigos, com corpos docentes muito conservadores, convencidos de que o seu projecto educativo é o melhor», afirma.

António Nóvoa agitou as águas, porque não quer que as universidades portuguesas «continuem na periferia, sempre a admirar as ‘universidades de excelência’ que existem lá fora».

Pedro Saraiva acrescenta outros dados de reflexão: «Análises do panorama mundial do ensino superior colocam- nos, apesar de resultados de excelência alcançados em determinados sectores e instituições, abaixo da quadragésima posição no que toca à qualidade do sistema de ensino superior, atrás dos países mais habituais, mas igualmente e infelizmente já também da Polónia, Turquia, China, Índia ou Brasil».

Podem chamar-lhe moda mas o fenómeno de concentração de recursos e de cooperação institucional que se espalhou por todo o mundo está aí para durar e dar que falar. Talvez tudo se resuma a uma simples frase do Reitor da Universidade de Lisboa: «O tempo do small is beautiful já passou».

terça-feira, 13 de abril de 2010

Há universidades a mais em Portugal?


Editorial publicado na revista AULA MAGNA

"Esta pergunta poderia ser feita por algum tecnocrata preocupado com os custos do ensino superior. Surpreendentemente, a questão é levantada e debatida dentro da própria universidade.

É inegável que, em algumas cidades e regiões, a existência de uma instituição de ensino é quase uma questão de sobrevivência. Essas instituições cumprem um papel regional. Mas que papel pode desempenhar na ciência, cultura e economia da Europa uma instituição com três ou quatro mil alunos? Não falamos de uma faculdade com três mil alunos que se insere numa universidade de trinta mil, mas de uma universidade inteira, isolada no mapa. Que grandes descobertas científicas podem vir de uma universidade assim? Que prémios Nobel podem nascer aí?

Uma opção seria fechar tudo, «pôr aquilo à venda, aproveitando toda a tecnologia simplex e promovendo leilões na web», como sugere o professor Alexandre de Sousa em http://www.aulamagna.pt/ opiniao/fazer-coisas-com-tangrantuga. Humor à parte, a realidade que temos hoje não é menos risível nem muito mais produtiva do que isso. Sobretudo se tivermos em conta as exigências científicas colocadas pelo futuro aos países que querem continuar a ser desenvolvidos.

Outra ideia seria criar grandes universidades e politécnicos, dispersos geograficamente mas com um alto grau de colaboração e de criação de sinergias entre si. Impossível? E é possível continuar a discutir eternamente o défice e o emagrecimento dos salários?, em vez de procurarmos soluções para os nossos problemas de atraso científico, cultural e, já agora, económico e empresarial?"

No entanto...

Sou obrigado a concordar que alguma comunicação social não tem sentido na sua abordagem ao tema da pedofilia na Igreja. E deixo dois exemplos:

Na Páscoa, sempre que se falava nalgum discurso de alguma autoridade da IC, referia-se se tinha ou não falado na pedofilia;

Há algum tempo também pareciam querer à força que em Portugal também houvesse um caso destes para dar escandalo.

Obviamente que isto é lamentável, não digo que não. Mas quanto a mim está relacionado com os mesmos mecanismos sociais que estão por detrás do próprio caso de pedofilia na IC.

Falar em complot ou perseguição é sempre a saída mais fácil para quem não quer olhar para os problemas de forma séria...

É em situações destas...

que dá jeito entender alguma coisa de econometria...

O que vem primeiro? são homossexuais e isso torna-os potencialmente pedófilos ou, são pedófilos, e o pedófilos têm tendência a abusar de crianças do mesmo sexo?

Ou melhor, se um pai abusar de um filho (lembro que a maioria dos casos de pedofilia acontecem no ambiente familiar), o que conta para os estudos? o lado hetero do pai que até tem um filho ou o lado homo de ter relações com um filho do mesmo sexo?

Trata-se de um caso de possível errada especificação do modelo...

Em segundo lugar, o celibato não está relacionado com a pedofilia, mas será que o celibato imposto não está? Porque não uma variável dummy de celibato imposto = 1 e não imposto = 0?

Pergunto eu ainda: relação entre pedofilia e homossexualidade, mas para qualquer um que se sente homossexual ou para o hommossexuais sexualmente reprimidos? Não terão entrado na Igreja muitos homossexuais que, pela sua condição, decidiram não casar e preferiram ir para a Igreja?

Outra estimação interessante seria saber se homossexuais convictamente católicos e casados (casamento homossexual, obviamente), também teriam maiores probabilidades de ser pedófilos.

Se estas afirmações do Cardeal Tarcisio Bertone não são sacudir a água do capote, vou ali, e já venho...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Children see. Children do

Igreja

Para um, a Igreja, coitadinha, está a ser perseguida. É como no caso do túnel do estádio da Luz. Nesse caso, toda a gente se esqueceu do facto de um jogador ter partido para a violência com um assistente de recinto desportivo. Eis que de repente, quando se somam as centenas, milhares de casos de padres pedófilos um pouco por todo o mundo, alguns preferem falar em estatística e dizer que são apenas 2% e que tudo isto é um ataque à Santa Madre Igreja.

Claro que o facto de o Papa, como dezenas de bispos terem ocultado as centenas de casos que se sucederam é irrelevante. Claro que para mim é irrelevante que o Papa que dirige a Igreja Católica se tenha interessado mais com o bom nome desta do que com a vida dos milhares de pessoas abusadas.

São perseguidos, coitadinhos.

Caros amigos, que são como eu católicos, entendam aqui o que é o individualismo:

Individualismo é olhar para o caso como um problema individual de cada um dos padres que o praticou e esquecer todo contexto social e institucional que o envolve.

Anselmo Borges, neste texto, prefere procurar alguns pontos que ajudam a entender a questão. Não a explicam toda, mas ajudam.

Mas depois respondem: a maioria dos pedófilos são casados. E eu respondo: É isso, comparem os padres com os piores e sintam-se contentes com isso...

Continuem a esquecer o que aconteceu e prefiram achar que está tudo bem porque os outros ainda conseguem ser piores. Depois ainda me lembrem que esses radicais dos muçulmanos não tem qualquer noção do que são direitos humanos. Depois vitimizem-se e digam que são alvo de um grande complot para destruir a Igreja. Eu apenas responderei que dessa Igreja, eu não faço parte...

PS: João César das Neves, duvido muito que a perseguição que Jesus Cristo falava fosse essa...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

"Não vire a cara: 1,8milhões de crianças são escravas da prostituição!"


CRIANÇAS VENDIDAS PARA ESCRAVAS SEXUAIS

Sina Vann tinha 13 anos quando os pais a venderam aos traficantes. Foi levada para longe do Camboja rural onde cresceu; foi trabalhar para um bordel no vizinho Vietname. “Havia lá outras meninas como eu”, diz Sina ao Metro, “mas isso não ajudava em nada. O dono não nos deixava conversar. Queria tanto fugir... Mas havia os cães de guarda lá fora.” Há dois anos, Sina foi resgatada por Somaly Mam, uma cambojana que fora vítima de traficantes enquanto criança, mas que agora dedicava a vida a salvar as vítimas dos criminosos. Somaly foi eleita pela Time como uma das pessoas mais influentes do Mundo em 2009; Angelina Jolie escreveu um artigo sobre ela. O tráfico de crianças não é novo, mas atinge novos recordes todos os anos. Segundo o Departamento de Estado norte- -americano que monitoriza estes assuntos, esta é hoje, no Mundo, a segunda maior actividade criminosa. De acordo com outros relatórios, a percentagem de crianças entre os traficados subiu de 15 para 22% entre 2003 e 2007. Dessas, a maioria, se tiver mais de dez anos, será certamente levada à prostituição. Ainda segundo uma outra organização atenta ao assunto, 1,8 milhões de crianças são hoje exploradas sexualmente. O caso é tão grave que o ex-presidente Bill Clinton obrigou a famosa organização Clinton Global Initiative (CGI) a dar-lhe prioridade. Ruchira Gupta, uma activista que ganhou o Prémio de Cidadãos da CGI em 2009, dedica a vida a tirar meninas indianas dos bordéis. Ela confronta os homens: “Está errado fazer o que fazem. Mas eles dizem que a prostituição é uma coisa natural, e que as mulheres não lhes dão sexo tão bom. Um até me disse que a masturbação o levaria à cegueira.”

TEXTO ELISABETH BRAW/ METRO WORLD NEWS

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Interrogação

Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.

Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos Cânticos.

Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.

Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro o olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.

Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.
Camilo Pessanha in Clepsidra

terça-feira, 6 de abril de 2010

Sonhar...

[O Homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo. Muitas vezes, na nossa existência, vemos os nossos sonhas desfeitos e os nossos desejos frustrados, mas é preciso continuar a sonhar (...). Muito sangue já correu no campo diante dos teus olhos, e a´foram travadas algumas das batalhas mais cruéis da Reconquista. quem estava com razão, ou com a verdade, não tem importância: o importante é saber que ambos os lados estavam a travar o Bom Combate. O Bom Combate é aquele que é travado porque o nosso coração pede (...). O Bom Combate é aquele que é travado em nome dos nossos sonhos.]

Diário de um Mago

OBJECTIVOS DO MILÉNIO... Onde estamos?


1. ERRADICAR A POBREZA EXTREMA E A FOME
Meta 1: Reduzir para metade, a proporção de pessoas cujo rendimento é menor que um dólar por dia.
Meta 2: Reduzir para metade, a proporção de população afectada pela fome.

Actualmente... nos países em desenvolvimento, os empregos precários terão AUMENTADO 110 milhões só de 2008 para 2009...


2. ENSINO PRIMÁRIO UNIVERSAL

Meta 3: Assegurar, que as crianças em toda a parte, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino primário.

Actualmente... nos países em desenvolvimento, o número de crianças NÃO escolarizadas BAIXOU de 103 milhões em 1999 para 73 milhões em 2006. A taxa de escolarização primária SUBIU de 83 por cento para 88 por cento. Mas caso estes progressos não sejam rápidos, 58 dos 86 países que ainda não têm ensino primário universal NÃO ALCANÇARAM A META ATÉ 2015.


3. PROMOVER A IGUALDADE DE GÉNERO E A CAPACITAÇÃO DAS MULHERES

Meta 4: Eliminar a disparidade de género no ensino primário e secundário, em todos os níveis de ensino.

Actualmente... a escolarização primária das raparigas AUMENTOU em todas as regiões em desenvolvimento, mas AS DIFERENÇAS CONTINUAM...


4. REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL

Meta 5: Reduzir, em dois terços, a taxa de mortalidade de crianças com menos de cinco anos.

Actualmente... a mortalidade infantil BAIXOU 28 por cento, (...) mas o objectivo ainda está muito longe de ser alcançado... As mortes por sarampo em África caíram 91 por cento.


5. MELHORAR A SAÚDE MATERNA

Meta 6: Reduzir em três quartos, a taxa de mortalidade materna.

Actualmente... a mortalidae materna tem diminuído muito pouco nas regiões menos desenvolvidas... Em 2009 morria a cada minuto uma mulher por complicações de gravidez ou parto. O uso de contraceptivos registou algum avanço, (...), passou de 50 para 62 por cento...



6. COMBATER O VIH/SIDA, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS

Meta 7: Parar até 2015 e começar a inverter a propagação do HIV/SIDA.
Meta 8: Parar até 2015 e começar a inverter a tendência actual da incidência da malária e outras doenças graves.

Actualmente... a taxa de infecção pelo VIH DIMINUIUde 3,5 milhões para 2,7 milhões, uma redução de 30 por cento.

Com as condições actuais, segundo a ONU a maior parte dos países terá DICULDADE EM ALCANÇAR AS METAS.


7. GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Meta 9: Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e inverter a actual tendência para a perda de recursos ambientais.
Meta 10: Reduzir para metade, a percentagem de população sem acesso permanente a água potável.
Meta 11: Alcançar, até 2020, uma melhoria significativa na vida de, pelo menos, 100 milhões de habitantes de bairros degradados.

Actualmente... nos recursos ambientais e na biodiversidade, o sinal é negativo.
Cerca de 1,6 milhões passaram a ter acesso a água potável desde 1990.Em 2006, 2,5 mil milhões de pessoas NÃO tinha acesso a saneamento,...


8. CRIAR UMA PARCERIA GLOGAL PARA O DESENVOLVIMENTO
Meta 12: Continuar a desenvolver um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras, previsível e não discriminatório.
Meta 13: Satisfazer as necessidades especiais dos Países Menos Avançados.
Meta 14: Satisfazer as necessidades especiais dos países sem litoral e dos pequenos estados insulares em desenvolvimento.
Meta 15: Tratar de forma integrada o problema da dívida dos países em desenvolvimento, através de medidas nacionais e internacionais, por forma a tornar a sua dívida sustentável a longo prazo.
Meta 16: Em cooperação com os países em desenvolvimento, formular e aplicar estratégias que proporcionem aos jovens trabalho condigno e produtivo.
Meta 17: Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis, aos países em desenvolvimento.
Meta 18: Em cooperação com o sector privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e comunicação.

Actualmente...a ajuda ao desenvolvimento foi, segundo a ONU, de 119,8 mil milhões de dólares em 2008, mais 16 por cento do que em 2007. Números diferentes são os da OCDE, que prevê 107, 4 milhões para 2010.
Os montantes FICAM AQUEM DAS PROMESSAS feitas em 2005 pelos países do G8 e pela UE.

FALTAM 5 ANOS...

Fontes:
- Público (Dom. 4 Abril 2010)

sábado, 3 de abril de 2010

"A relação dos jovens com a política está a enfraquecer"

Por Tânia Marques


O divórcio entre os jovens e a política não é de agora, mas tem-se acentuado cada vez mais nos últimos anos. E isso nota-se, em especial pelo nível de absentismo de novos eleitores, quer nas eleições europeias, quer nas legislativas. Muitos não sabem distinguir os partidos, apenas sabem que "existe um que é rosa e outro que é laranja". E quando lhes perguntam: "És de esquerda ou de direita?" nem sabem o que responder. O mundo político passa-lhes ao lado.
Será que a política é um assunto "chato", a que não vale a pena dar importância? Ou, pelas políticas que se têm imposto, mais vale ignorá-la de vez?
Uma coisa é certa: se os jovens não começarem a consciencializar-se da importância da política partidária, o número de mesas de voto irá diminuir.Para atrair a juventude, os partidos fazem de tudo: colaboram mais com as "jotas", criam redes sociais na Internet e incluem militantes mais jovens nas suas listas. São métodos que os próprios partidos querem acreditar que resultam.
Duarte Cordeiro, líder da Juventude Socialista e deputado na Assembleia da República, acredita que os jovens confiam e participam na política. Porém, refere que essa confiança "depende da capacidade dos partidos se adaptarem aos temas que mobilizam as novas gerações, à sua forma de comunicar e participar".
Por isso, o líder da JS diz que o partido tem procurado "reflectir o que motiva um jovem com um pensamento socialista nos dias de hoje", e se antes era o adolescente que ia ao encontro do partido, agora o processo é inverso, com o reforço da presença na internet. "Nas eleições legislativas apostámos na realização de filmes políticos, e conseguimos que um deles ultrapassasse as 10.000 visitas e o outro filme as 14.000 visitas [Portugal a preto e branco, no YouTube]. Ambos estão entre os 10 filmes políticos mais vistos na Internet, produzidos por partidos políticos", conta.
Outro dos motivos que tem levado ao afastamento dos jovens da política prende-se com o paradigma dos partidos serem espaços de intervenção para fáceis colocações profissionais ou cargos públicos. Algo que, segundo Pedro Rodrigues, líder da JSD, "já não corresponde à realidade". "É uma ideia que se foi instalando ao longo do tempo, porque as juventudes partidárias, em determinado período, deixaram-se subverter muito por essa ideia", explica.
"O jovem olha para a política não em função de bandeiras partidárias, mas através de causas em que acredita", defende. E por isso a JSD desafiou os cibernautas a proporem temáticas para o seu programa, independentemente da sua simpatia partidária. "Foi um sucesso", garante o dirigente.
"Pela primeira vez em Portugal construiu-se um programa político aberto aos jovens, e esta é a abertura que todos os partidos deveriam ter", argumentou.
Um dos partidos com mais militantes jovens é também o "mais jovem". O Bloco de Esquerda pode orgulhar-se por um terço dos seus filiados ter menos de 30 anos. O número que resulta de não haver uma juventude partidária dentro da organização. "Nós achamos que os jovens devem participar com os mais velhos de igual para igual na construção do mundo", afirma o deputado José Soeiro. "Essa ideia em que há temas que os partidos não gostam e chutam para as "jotas", é muito paternalista", diz. "As causas dos jovens são as causas do Bloco todo", acrescenta o deputado. Todavia, José Soeiro dá conta de que existem movimentos que estão a renascer no país, como ecologistas, anti-racistas e de igualdade entre homens e mulheres, protagonizados por jovens "e que demonstram a disponibilidade para a uma intervenção para um bem colectivo, de que a política faz parte".

sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Rapaz de 12 anos vai ser julgado como adulto"


"Jordan Brown, vai ser julgado como um adulto num tribunal da Pennsylvania, nos EUA. O rapaz, de 12 anos, é acusado de ter assassinado a madrasta grávida à queima-roupa enquanto esta dormia."
(...)
"Na altura do crime, Jordan Brown tinha apenas 11 anos. Segundo o Pitssburgh Post-Gazette, o rapaz terá assassinado a namorada do pai enquanto esta dormia. Kenzie Marie Houk, grávida de nove meses, vivia com as filhas de 7 e 4 anos na casa do namorado Chris Brown, pai de Jordan."

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"Jordan matou, mas não passa de um miúdo"

Por Paulo Martins

Executou friamente a namorada do pai, grávida, enquanto dormia. Saiu impávido de casa e, como habitualmente, tomou o autocarro para a escola. Um ano volvido, não assumiu a autoria do crime e nem sequer exprimiu o do mais ténue remorso.


A reacção instantânea seria descrever Jordan Brown como um "monstro" irrecuperável, que merece castigo eterno. Porém, quando aos ingredientes da sinistra história se juntar a idade do assassino - 12 anos apenas - talvez a emoção ceda à razão e modere os impulsos mais justicialistas.


O caso de Jordan, que a justiça norte-americana quer julgar como adulto - abrindo-lhe as portas da prisão para o resto da vida - não desfere apenas um murro no estômago; gela a consciência. Deixa à solta um mar de interrogações sobre a sociedade que tais situações propicia e sobre a resposta que é suposto ela dar-lhes.


Quanto a interrogações, partilho apenas duas. Não é aconselhável procurar as causas de tão tenebrosos desfechos? Pode a prisão perpétua ser castigo "exemplar", quando se aplica a uma criança? Sim, é indispensável, mais do que aconselhável, compreender que caminhos trilhou Jordan Brown até chegar ao ponto a que chegou - sem que esse esforço de compreensão dilua objectivas culpas individuais em difusas responsabilidades colectivas. Não, não é nada provável que tão dura pena seja susceptível de dissuadir comportamentos desviantes de quem é ainda tão jovem. Está, aliás, longe de demonstrada a eficácia de um quadro penal com bitola elevada - maxime, o que prevê a pena de morte - na redução da criminalidade.


Aqui chegados... voltamos ao início. À necessidade de lembrar que ao sistema penal não incumbe apenas sancionar, mas também reinserir (pelo menos tentar). Se o princípio é válido para um adulto, ainda o é mais para uma criança. Por mais impressionante que seja o crime e intensa a pressão social para o vingar.


Questão diferente é a da idade a partir da qual um cidadão pode ser criminalmente responsabilizado. É complexa e merece ponderação, num mundo onde a precocidade é cada vez maior. Mas seria grave introduzi-la quando se aborda um caso protagonizado por um miúdo de 12 anos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O FIM dos "MORANGOS COM AÇÚCAR"


De acordo com as noticias avançadas esta tarde pelo Jornal de Notícias e pelo i a série infanto-juvenil da TVI, transmitida há sete anos terminará na próxima sexta-feira dia 9 de Abril. A Casa da Criação escreve agora os últimos episódios de “Morangos com Açúcar – Vive o teu Talento!”. Um final precipitado, que já se vinha a adivinhar há algum tempo, causado pela falta de audiência a esta série.

Para trás, ficam sete anos de grandes aventuras e muita adrenalina. Uma novela que desde sempre foi considerada por muitos como uma caça de talentos e que criou grandes actores como Cláudia Vieira ou Rita Pereira, entre tantos outros.

Em entrevista ao i Cláudia Vieira disse “sentir uma grande tristeza", por ver chegar ao fim uma série que para ela "foi uma casa e uma escola durante um ano inteiro” e o local onde também encontrou a sua “alma gémea”, o actor Pedro Teixeira de quem a actriz espera agora o primeiro filho.

Dia 9 de Abril, os D`ZRT vão dar um concerto que marcará o início da sua tournée e que vai contar com uma forte participação de todos os ex-actores de “Morangos com Açúcar”.

Será certamente, uma série que ficará na história da televisão nacional.