quinta-feira, 8 de julho de 2010

A libertação da mulher muçulmana começa em Marrocos


“Através dos desenhos, vê-se a desordem mental das pessoas.” Mostra os trabalhos dos doentes. “Este é de uma mulher de origem guineense, a quem o marido deixou. Veio nua para a rua e foi internada como esquizofrénica. Ninguém se lembrou que a nudez, de acordo com a sua cultura africana, é uma coisa natural. Percebi isso através dos seus desenhos, e expliquei-o ao psiquiatra.”


A maior parte dos doentes mentais internados são mulheres. “Qualquer comportamento estranho é considerado uma doença. Mas depois a doença é uma vergonha. Os familiares dizem às pessoas que a mulher está no quarto ou foi viajar. Nunca que está num hospital psiquiátrico.” Boushra analisa pinturas de mulheres que deixaram de falar ou que tentaram suicidar-se. Mas este quadro é de um rapaz. “Foi violado. Por isso, os corpos que ele desenha estão incompletos. Neste faltam as mãos. Neste as pernas.”

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