terça-feira, 15 de junho de 2010

César das Neves volta ao ataque...

E eu volto à resposta...

"Deste modo, o caso concede autorização aos inimigos da Igreja para insultar alegremente todo o clero, e até a instituição, sem temer resposta. Pior, se alguém disser que assim se conspurca uma multidão de inocentes por causa de um punhado de criminosos, logo se acusa de insensibilidade ao horrível sofrimento das crianças. É espantoso, mas existe mesmo muita gente capaz de retirar consequências para a doutrina e a hierarquia católicas destes poucos e velhos comportamentos aberrantes. Será que também duvidam da educação e medicina por existirem profissionais perversos?"

Reparem do tipo de coisas que este senhor se esquece:

É que os Padres, passam anos e anos a estudar a moral e a ética, são por excelência quem deve saber o que está certo e o que está errado. São pelo menos assim vistos pela maioria das pessoas. Se ele acha que os Padres têm a mesma obrigação moral que os médicos, fico com uma ideia do que este senhor pensa do sacerdócio: é uma profissão como as outras...

Segundo: não percebe a ligação que há entre, Padres pedófilos e Igreja. Para ele, que como Cristão, de certeza que gosta de "malhar" no excesso de individualismo da nossa sociedade, a pedofilia dentro da Igreja é um problema de cada Padre pedófilo individualmente. Se é pedófilo, é porque é o é por si só. Não há qualquer hipótese de desejo sexual reprimido (que não precisa de ser um exclusivo de Padres celibatários) nem de haverem falhas na forma como os Padres chegam a Padres, em seminários afastados do mundo e da realidade...

Não é capaz de entender a Igreja como corpo integrado de indivíduos, que assim formam um sociedade complexa de interligações, de interdependências, de aprendizagens mútuas e experiências mútuas e partilhadas.

Depois volta a achar que os casos são poucos. Fica talvez contente com isso. Eu acho que são demais, acho que os Padres pedófilos não são os únicos culpados e que se deve também culpar a instituição por isso (quando está provado que o comportamento de altas instâncias da instituição não estiveram à altura do problema...).

" Chocados com o comportamento dos colegas, batem no peito e baixam a cabeça. São os únicos profissionais que sofrem vergonha e responsabilidade por actos de outros."

Esta está especialmente boa: confirma-se que então os Padres não passam de profissionais e é isso, são indivíduos sozinhos.

Desta Igreja eu não faço parte...

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