No campo de concentração de Auschwitz, Maximiliano Kolbe, padre, era o preso tatuado 16.670. Aí ajudou os seus companheiros, sobretudo judeus. Um dia, houve uma fuga no bloco 14, no qual estava o Pe. Kolbe. Os nazis submeteram os companheiros dos fugitivos a todo o tipo de torturas para se descobrir os cúmplices e, no final, decidiram matar dez presos escolhidos ao acaso. Puseram-nos em forma e, quando os levavam, o Pe. Kolbe deu um passo em frente e dirigiu-se ao comadante:
- Quero tomar o lugar de um dos condenados.
- Quero tomar o lugar de um dos condenados.
Atónito, o comandante perguntou-lhe quem era e ele disse-lhe:
- Sou um sacerdote católico.
Deu-lhe esta resposta sabendo que depois dos judeus, os padres eram os mais perseguidos pelos nazis.
- Queres tomar o lugar de quem?
- O desse homem que tem mulher e filhos.
Levaram-no com os outros escolhidos para uma barraca na qual iam morrer de fome. Só o Pe. Kolbe e outros três aguentaram até ao dia 15, quando lhes deram uma injecção letal porque precisavam da barraca para outros presos.
Nos anos sessenta do séc. XX, no dia da canonização do Pe. Kolbe - Patrono dos presos - chegaram a Roma, vindos da Polónia, Francisco Gajowniczek e toda a sua família. Era o homem que o Pe. Kolbe tinha substituído.
Obra de Felix Nussbaum (1904-1944). Nussbaum morreu com a mulher em Auschwitz, em 1944, a poucos meses da libertação do campo.
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