Quando o Presidente da República e recandidato ao cargo é confrontado com a pobreza, imiscui-se do problema.
É isso que verdadeiramente acontece.
É aqui que reside uma das principais questões que tem atravessado a actual campanha eleitoral. Contra a pobreza, todos são mas, no que toca à forma de a colmatar, as ideias são bastante diferentes. Cavaco Silva mostra aqui a sua forma de encarar o assunto. Para ele, a solução está na caridade, no Banco Alimentar contra a fome e na Santa Casa da Misericórdia (e talvez da AMI mas essa não se pode dizer porque o Dr. Fernando Nobre decidiu concorrer também às eleições).
Para outros, como Manuel Alegre, Francisco Lopes ou Defensor Moura (sinceramente, não sei a opinião de Fernando Nobre sobre o assunto e muito menos sei a de José Manuel Coelho), o combate à pobreza faz-se com recurso ao chamado Estado Social, ou seja, o Estado compromete-se a dar condições de igualdade aos cidadãos e estes pagam impostos que possibilitem estas políticas, proporcionais à sua riqueza e os seus rendimentos.
No actual momento de aperto, o Estado parece não ser solução para ninguém e daí o conselho de Cavaco Silva à Sra que se lhe apresentou. Mas quanto a mim, é boa altura para pensarmos nos fundamentos daquilo que temos e para repensarmos naquilo que queremos ter.
E afinal, queremos resolver a pobreza com recurso a quê?
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