"Perante esta tendência inquietante, e que parece agravar-se de ano para ano, o desafio neste domínio terá de passar por uma “refundação” dos princípios da praxe, incutindo-lhes um novo sentido pedagógico, conteúdos informativos e comportamentos amigáveis e acolhedores para os recém chegados. É preciso adaptar a “tradição” às condições do presente. Os actuais rituais da praxe estudantil não são apenas a fachada da vincada hierarquia inscrita no próprio “código genético” da Universidade. Eles reflectem – pelo menos nas suas modalidades mais extremas – uma perversão de valores que perdeu autenticidade, perdeu conteúdo e perdeu sentido. A praxe corre o risco de resvalar para perigosos comportamentos anti-sociais (e obrigar à acção repressiva), caso a colectividade, a começar pelo corpo estudantil, as estruturas associativas, os grupos organizados e as instituições universitárias não saibam travar a tempo as formas “rascas” de que a mesma se vem revestindo nos últimos tempos."
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