sábado, 5 de março de 2011

Procuramos sobretudo reconhecimento!


Amanhã, dia 6 de Março, celebra-se o Dia Europeu da Terapia da Fala.


Incluídos no estatuto legal da carreira de técnicos de diagnóstico e terapêutica, segundo o Decreto de Lei nº564/1999 de 21 de Dezembro, procuramos algum reconhecimento dada a complexidade, variedade e importância do nosso trabalho:


Gaguez, afasia, disfagia, comunicação aumentativa e alternativa, perturbações articulatórias, perturbações fonológicas, surdez, atraso de desenvolvimento de linguagem, perturbações específicas do desenvolvimento da linguagem, perturbações de leitura e escrita (nomeadamente dislexias e disgrafias), prevenção e intervenção em problemas de voz (incluindo intervenção em todo o tipo de laringectomias), mal formações crânio-faciais, disartrias, apraxias, etc.


São apenas algumas das nossas áreas de intervenção, só para que conste que ser Terapeuta da Fala não é só "ensinar o /l/ e o /r/".



Segue uma publicação do Diário de Notícias (5.03.2011)


"Políticos recorrem cada vez mais a terapia da fala"


Os 1.600 terapeutas da fala que exercem em Portugal são cada vez mais procurados por quem usa a voz como instrumento essencial de trabalho.


"Políticos e gestores recorrem a estes profissionais numa época em que, por vezes, a forma tem mais poder do que o conteúdo do discurso.
"No passado, o importante era o que um político dizia mas, nos tempos que correm, o importante é a forma como o diz. A mesma mensagem pode ser percepcionada de forma diferente consoante a pessoa que o está a dizer", resume a presidente da Associação Portuguesa de Terapeutas da Fala (APTF), Catarina Olim.
Os profissionais que têm de falar para grandes públicos "recorrem cada vez mais aos terapeutas". Nos gabinetes dos especialistas da fala aprendem-se truques para conseguir melhor dicção, a postura correcta para uma boa colocação de voz e até há quem tenha sessões de mímica facial. Um trabalho árduo que só termina quando se consegue fazer com que a mensagem seja "credível e audível do início até ao fim", explica a especialista.
Um "tique" linguístico ou um sotaque mais carregado podem fazer com que o público deixe de se concentrar no conteúdo da mensagem para focar apenas na (má) forma como é dita.
Catarina Olim resguarda-se no "sigilo profissional" para não avançar nomes de políticos que recorrem a terapeutas da fala, dizendo apenas que "existe uma grande percentagem de políticos que se preocupam bastante com a comunicação verbal oral".
Além dos políticos, a especialista lembra que este trabalho de voz também é feito com professores, que "passam o dia a falar", e até jornalistas da área da televisão e da rádio."

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