Agora a sério que não tem piada nenhuma. Friso que, é perigoso e não muito util falar disto como um problema de uma geração. É um problema construido socialmente e que tem de ser entendido como tal. No fundo, não são as pessoas que são parvas nem são os computadores e os telemóveis que fazem mal. É algo que está para lá disto que leva a situações destas.
Mas também não vale a pena ficar chocado a pensar que isto é uma coisa nova (vale a pena ficar chocado mas não é por ser uma coisa nova). Pancadaria sempre existiu e pancadaria na escola sempre existiu e nem sempre pancadaria foi sinónimo de bullying. O que quer dizer que não é um exclusivo das actuais gerações de jovens mas é antes algo que é transversal.
Sendo transversal, devemos apenas encontrar o que é comum entre várias gerações com actos semelhantes, que sirva para explicar esses actos. Em primeiro lugar, trata-se de pessoas mas, não me parece que pelo simples facto de serem pessoas se explique o que aconteceu. Em segundo, talvez possamos encontrar quadros mentais, influenciados pela sociedade, pelo meio, por certos padrões sociais, pela televisão, pela família, etc...
No fundo, algo como, não custa nada especular que tipo de discussões poderão ter dado origem a uma cena de pancadaria como esta (normalmente todos pensaremos nas questões relacionadas com as paixões de adolescentes e sabemos que com certeza não terá sido pelas simpatias políticas de cada uma).
Visto isto, podemos encontrar um padrão. Os jovens andam à pancada, por motivos socialmente construidos e estes motivos são, por exemplo, uma sociedade baseada no interesse próprio a qualquer custo; a felicidade individual posta acima de tudo; um progressivo afastamento dos ideais de direitos humanos e dignidade humana; etc...
Depois há a questão da gravação que também pode ser analisada com os mesmos critérios.
No fim, penso que chegaremos a uma conclusão mais válida. Os jovens não são parvos mas são antes, pessoas que agem num quadro mental e social específico e portanto, é esse quadro que deve ser mudado.
Dizes no post anterior que o sistema económico coloca as pessoas em segundo plano e neste dizes que é o "quadro que deve ser mudado", ou seja, uma vez mais, o sistema. Se calhar, não são as pessoas que são anti-sistema, o sistema é que é anti-pessoas.
O sistema tem uma certa concepção de pessoas e uma certa concepção de liberdade, de felicidade, de mérito, etc...e esse sistema foi politicamente construído. Portanto, sim, para mim, é esse modelo que tem de ser mudado...
se calhar ainda foram poucas...lol
ResponderEliminarAgora a sério que não tem piada nenhuma. Friso que, é perigoso e não muito util falar disto como um problema de uma geração. É um problema construido socialmente e que tem de ser entendido como tal. No fundo, não são as pessoas que são parvas nem são os computadores e os telemóveis que fazem mal. É algo que está para lá disto que leva a situações destas.
Mas também não vale a pena ficar chocado a pensar que isto é uma coisa nova (vale a pena ficar chocado mas não é por ser uma coisa nova). Pancadaria sempre existiu e pancadaria na escola sempre existiu e nem sempre pancadaria foi sinónimo de bullying. O que quer dizer que não é um exclusivo das actuais gerações de jovens mas é antes algo que é transversal.
Sendo transversal, devemos apenas encontrar o que é comum entre várias gerações com actos semelhantes, que sirva para explicar esses actos. Em primeiro lugar, trata-se de pessoas mas, não me parece que pelo simples facto de serem pessoas se explique o que aconteceu. Em segundo, talvez possamos encontrar quadros mentais, influenciados pela sociedade, pelo meio, por certos padrões sociais, pela televisão, pela família, etc...
No fundo, algo como, não custa nada especular que tipo de discussões poderão ter dado origem a uma cena de pancadaria como esta (normalmente todos pensaremos nas questões relacionadas com as paixões de adolescentes e sabemos que com certeza não terá sido pelas simpatias políticas de cada uma).
Visto isto, podemos encontrar um padrão. Os jovens andam à pancada, por motivos socialmente construidos e estes motivos são, por exemplo, uma sociedade baseada no interesse próprio a qualquer custo; a felicidade individual posta acima de tudo; um progressivo afastamento dos ideais de direitos humanos e dignidade humana; etc...
Depois há a questão da gravação que também pode ser analisada com os mesmos critérios.
No fim, penso que chegaremos a uma conclusão mais válida. Os jovens não são parvos mas são antes, pessoas que agem num quadro mental e social específico e portanto, é esse quadro que deve ser mudado.
Dizes no post anterior que o sistema económico coloca as pessoas em segundo plano e neste dizes que é o "quadro que deve ser mudado", ou seja, uma vez mais, o sistema. Se calhar, não são as pessoas que são anti-sistema, o sistema é que é anti-pessoas.
ResponderEliminarO sistema tem uma certa concepção de pessoas e uma certa concepção de liberdade, de felicidade, de mérito, etc...e esse sistema foi politicamente construído. Portanto, sim, para mim, é esse modelo que tem de ser mudado...
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