quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Prisioneiro político cubano MORRE ao fim de 85 dias de GREVE DE FORME

O prisioneiro político cubano Orlando Zapata Tamayo, de 42 anos, morreu ontem à noite, ao fim de 85 dias de greve de fome que iniciou como protesto contra as condições prisionais no país. Orlando Tamayo, lutava pela melhoria das condições prisionais.
Tamayo chegou a dar entrada no hospital, quando o seu estado de saúde se deteriorou e estava a receber fluidos por via intravenosa.
A sua morte foi a primeira de um prisioneiro político em Cuba por greve de fome desde 1972, quando o líder estudantil e poeta Pedro Luis Boitel morreu na prisão.

A Comissão Cubana para os Direitos Humanos, refere que as autoridades cubanas deviam ter forçado Tamayo a alimentar-se para evitar a sua morte e acusa o regime de ter levado a cabo um “homicídio virtual premeditado”.

“Conseguiram aquilo que queriam. Mataram-no. Puseram termo à vida de um lutador pelos direitos humanos”, disse a mãe do prisioneiro.

A Amnistia Internacional classificou-o como um dos 58 “prisioneiros de consciência” em Cuba. Segundo a Comissão Cubana para os Direitos Humanos existem 200 prisioneiros políticos na ilha.

2 comentários:

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  2. A Amnistia Internacional (AI) apelou ao presidente cubano, Raúl Castro, para que liberte «imediata e incondicionalmente» todos os prisioneiros de consciência, um dia depois da morte de Orlando Zapata Tamayo após 85 dias em greve de fome.

    Entretanto, o Presidente de Cuba, Raul Castro, afirmou «lamentar» a morte do preso político Orlando Zapata, cujo funeral decorre hoje com as autoridades cubanas a reforçarem as medidas de segurança.

    Um dia após a primeira morte de um preso político cubano desde 1972, Raul Castro exprimiu a sua «mágoa» num raro acto de contrição durante uma deslocação ao Porto de Mariel (ocidente), com o seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que, embaraçado, disse também «lamentar profundamente» esta morte.

    Em Cuba «não há torturas, nem execuções. Isso acontece na base (norte-americana) de Guantanamo», disse o irmão e sucessor do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, em declarações à imprensa estrangeira, que estiveram durante algum tempo no site oficial Cubadebate.cu.

    Por seu turno, a promessa de unidade latino-americana feita no México na terça-feira pelos chefes de Estado e de Governo traduziu-se hoje num unânime silêncio face à morte de um dissidente político cubano, ao fim de 85 dias de greve de fome.

    Este silêncio contrastou com as numerosas condenações do governo cubano por uma morte «evitável» e pelos apelos europeus e norte-americanos ao governo cubano para que liberte os presos políticos e garanta os direitos humanos.

    Um dirigente da oposição de Cuba classificou hoje os governos do continente sul-americano como «cúmplices» do governo cubano.

    Orlando Zapata Tamayo, um dos 75 dissidentes detidos em 2003 e um dos 55 prisioneiros de consciência da lista da AI, morreu na terça-feira na capital cubana, Havana, ao fim de 85 dias em greve de fome contra as más condições prisionais.

    Quanto ao presidente brasileiro, Lula da Silva, afirmou que lamentava «profundamente» a morte do preso político cubano Orlando Zapata, depois de uma greve de fome que durou 85 dias.

    «Eu lamento profundamente» essa morte, afirmou Lula aos jornalistas, antes de se dirigir ao Palácio da Revolução, para um encontro oficial com o seu homólogo, Raúl Castro.

    Primeiro dirigente da América Latina a reagir a esta morte, Lula da Silva, de visita a Cuba, acrescentou que não tinha recebido nenhuma carta de dissidentes cubanos, no domingo, a pedir-lhe que intercedesse por Zapata, então em estado crítico.

    (http://www.mynetpress.com/xml/amnistia/noticia.asp?id={E6D0E045-1331-4BF1-BA05-35682D92BD5A})

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