CRIANÇAS VENDIDAS PARA ESCRAVAS SEXUAIS
Sina Vann tinha 13 anos quando os pais a venderam aos traficantes. Foi levada para longe do Camboja rural onde cresceu; foi trabalhar para um bordel no vizinho Vietname. “Havia lá outras meninas como eu”, diz Sina ao Metro, “mas isso não ajudava em nada. O dono não nos deixava conversar. Queria tanto fugir... Mas havia os cães de guarda lá fora.” Há dois anos, Sina foi resgatada por Somaly Mam, uma cambojana que fora vítima de traficantes enquanto criança, mas que agora dedicava a vida a salvar as vítimas dos criminosos. Somaly foi eleita pela Time como uma das pessoas mais influentes do Mundo em 2009; Angelina Jolie escreveu um artigo sobre ela. O tráfico de crianças não é novo, mas atinge novos recordes todos os anos. Segundo o Departamento de Estado norte- -americano que monitoriza estes assuntos, esta é hoje, no Mundo, a segunda maior actividade criminosa. De acordo com outros relatórios, a percentagem de crianças entre os traficados subiu de 15 para 22% entre 2003 e 2007. Dessas, a maioria, se tiver mais de dez anos, será certamente levada à prostituição. Ainda segundo uma outra organização atenta ao assunto, 1,8 milhões de crianças são hoje exploradas sexualmente. O caso é tão grave que o ex-presidente Bill Clinton obrigou a famosa organização Clinton Global Initiative (CGI) a dar-lhe prioridade. Ruchira Gupta, uma activista que ganhou o Prémio de Cidadãos da CGI em 2009, dedica a vida a tirar meninas indianas dos bordéis. Ela confronta os homens: “Está errado fazer o que fazem. Mas eles dizem que a prostituição é uma coisa natural, e que as mulheres não lhes dão sexo tão bom. Um até me disse que a masturbação o levaria à cegueira.”
TEXTO ELISABETH BRAW/ METRO WORLD NEWS
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