Correio da Manhã – Como comenta o facto de o Presidente da República ter promulgado o diploma que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
Isilda Pegado – Lamento. Sinto uma tristeza profunda pela aprovação de uma política desta natureza que vai contra a vontade de muitos portugueses. É uma verdadeira ditadura de uma esquerda caviar e de um Governo que usa esta forma para assumir um compromisso com o eleitorado que o elegeu.
– O que é que a fazia acreditar que o Presidente da República teria outra posição?
– Acreditei até ao momento em que ouvi. O veto seria uma decisão democrática. O Presidente não ouviu os portugueses. Não ouviu a sociedade que governa. Ignorou a opinião dos portugueses.
– Mas não será mais democrático atribuir direitos às pessoas?
– Já o disse várias vezes. Essa minoria já tinha direitos. Tinha o direito de viver como outras pessoas, nas suas circunstâncias física e psíquica próprias do homossexual.
– O Presidente da República deixou claro que ao vetar só estaria a prolongar o debate e que, ao devolver o diploma, os partidos iriam aprová-lo na mesma. E lamentou que a união se chamasse casamento. Não concorda que o desfecho seria o mesmo?
– Os portugueses continuarão divididos. Muitos são os que não concordam com os casamentos homossexuais. Se foi a olhar a votos, vai ter um desencanto.
– Que consequências prevê com a aprovação deste diploma?
– Muitas. Terá graves consequências ao nível dos valores da nossa sociedade, da educação dos jovens e principalmente económicas.
– Económicas em que sentido?
– Quem é que trata destas pessoas na velhice? Não têm filhos, nem podem ter netos. Também têm direito a ser tratados, logo, vai sobrar para todos nós. Vai sobrar para os contribuintes.
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